Caros alunos e leitores deste blog, a questão de entender os impactos da mudança do clima e a adaptação necessária das cidades nestes novos cenários faz parte dos estudos de risco ambiental destas disciplinas: vejam o que o estado do Rio de Janeiro está fazendo para minimizar estes riscos e preparar as cidades fluminenses: |
Cinco municípios figuram no topo de lista de casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Campos dos Goytacazes, Angra dos Reis). Por sua vez, três (Rio de Janeiro, Paraty e Angra dos Reis) destacam-se por elevado índice de vulnerabilidade ambiental. Esses dados fazem parte da pesquisa Mapa de Vulnerabilidade da População do Estado do Rio de Janeiro aos Impactos das Mudanças Climáticas nas Áreas Social, Saúde e Ambiental realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e apresentada hoje (24/03) em seminário na sede da Secretaria de Estado do Ambiente, na Saúde (região central do Rio). O documento sintetiza aspectos ambientais, sociais e de saúde humana sensíveis à variabilidade climática, associados a cenários futuros de mudança global do clima, considerando os dados climáticos de 1960-1990 e os projetados para o período 2010-2040. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o mapeamento encomendado à Fiocruz permite uma visão abrangente e multissetorial das vulnerabilidades municipais, sendo útil para a orientação de políticas estaduais e municipais. “Antes, conversar com um prefeito ou vereador sobre mudança climática era difícil, afinal no Brasil não temos geleiras. Agora, com este documento, é possível entender que as alterações climáticas podem gerar inundações e agravar o número de casos de dengue. Isso é palpável. Trouxemos o debate para a terra”, disse Minc. De acordo com o secretário, os municípios receberão a pesquisa, que deve ser incorporada aos planos diretores de suas cidades, visando à adaptação municipal aos impactos da mudança do clima. A pesquisadora e coordenadora geral do projeto, Martha Macedo de Lima Barata, citou a Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei no 12.187, de 29/12/2009), que define vulnerabilidade como o grau de suscetibilidade e incapacidade de um sistema de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, em função de sua sensibilidade, capacidade de adaptação e taxa de mudança e variação de clima a que está exposto. Segundo ela, foram adotados quatro índices para mensurar as condições de vulnerabilidade de cada município: saúde; social da família; ambiental; e cenários climáticos. Por fim, é feita uma análise geral. No aspecto saúde, por exemplo, foram selecionadas, para compor o índice de avaliação, quatro doenças presentes de forma endêmico-epidêmica no estado: dengue, leptospirose, leishmaniose tegumentar americana (LTA) e diarréia em menores de 5 anos de idade, que apresentam formas de transmissão e persistência relacionadas com o clima ou podem se dispersar espacialmente devido a processos migratórios desencadeados por fenômenos climáticos. O Índice de Vulnerabilidade Ambiental inclui características de sistemas biofísicos vulneráveis aos efeitos do clima, bem como uma série histórica de eventos meteorológicos extremos, conforme registro da Defesa Civil. A pesquisa Mapa de Vulnerabilidade da População do Estado do Rio de Janeiro aos Impactos das Mudanças Climáticas nas Áreas Social, Saúde e Ambiental pode ser acessada no site da SEA (http://www.semadur.rj.gov.br/pdf_2010/Relatorio%204%20Fiocruz%20240211.pdf?). |
Sunday, April 24, 2011
Secretaria do Ambiente lança mapa sobre vulnerabilidade climática nos municípios do Rio
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