Monday, April 25, 2011

Risco de deslizamento/explosão de aterro sanitário em Itaquaquecetuba

Em 2009, a Cetesb tinha interditado este aterro por causa da instabilidade do terreno e risco de deslizamento. Depois em 2010 foi negado o pedido de expansão do mesmo aterro, por cause dos problemas ambientais por ele causado. ver as duas reportagens abaixo de 2010

A 2ª Vara Cível de Itaquaquecetuba (SP) concedeu uma liminar que suspendeu procedimento de licenciamento ambiental para ampliação do aterro sanitário da cidade. As informações são do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

A decisão também determina que em 30 dias sejam adotadas medidas para reparar os danos e recuperar a área degradada, evitando risco de agravamento da contaminação. O juiz Wanderley Sebastião Fernandes determinou aplicação de multa diária no valor de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.

O pedido faz parte de uma ação civil pública proposta pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) contra o Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e a empreiteira Pajoan.

A entidade alega que, como a empresa já foi multada mais de 83 vezes pela Cetesb em razão da atividade poluidora e do descaso com a questão ambiental, não seria aceitável a ampliação do aterro sem prévia reparação dos danos ambientais já existentes.

A Abrelpe afirma ainda que, como o aterro está localizado na asa do aeroporto internacional localizado em Guarulhos, cria um foco de atração de urubus que poderiam oferecer risco de acidentes aéreos.

O risco iminente de deslizamento e de contaminação de fato ocorreu.
ver abaixo:
2011
Aterro sanitário desmorona em Itaquá
Sem notícia sobre vítimas, buscas em Itaquaquecetuba entrariam noite adentro, segundo a Defesa Civil.
Agências - 25/4/2011 - 21h05

Paulo Liebert/AE
Defesa Civil de Itaquaquecetuba acredita que a remoção do lixo que desmoronou pode levar até uma semana.
O desmoronamento de um aterro sanitário ocorrido na manhã de ontem em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, pode trazer graves danos ambientais. Existe a possibilidade de grande quantidade de chorume, das 450 mil toneladas de lixo espalhadas pela Estrada do Ribeira, escorrerem para o Córrego Taboãozinho. Suas águas desembocam no rio Paraíba, responsável pelo abastecimento da região do Vale do Paraíba.

Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) recolheram amostras da água para avaliar se foram ou não contaminadas. O chorume é um líquido originado da decomposição de resíduos orgânicos e possui potencial de poluir volumes em larga escala.

De acordo com a Cetesb, ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, equipes planejam a remoção de um montante de terra e lixo de cerca de 12 metros de extensão. Uma parte do material já está sendo retirada com tratores, na tentativa de apressar a limpeza das margens do córrego. O desmoronamento teria rompido a fiação elétrica, o que provocou uma explosão, ouvida pelos moradores, segundo informações de funcionários do aterro.

O local é de propriedade da empreiteira Pajoan, licenciada pelo órgão estadual. Além de Itaquaquecetuba, o aterro sanitário recebia resíduos urbanos dos municípios de Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Arujá, Salesópolis e Biritiba Mirim. O encerramento definitivo do aterro, previsto para quando atingisse a cota de 755 metros de lixo, deve ser adiantado.

“Tem mais de dez metros de lixo espalhados em uns 300 metros da Estrada do Ribeiro”, afirmou o coordenador da Defesa Civil de Itaquaquecetuba, Antonio Carlos Orlando. Ele acrescentou que a remoção total dos dejetos deverá durar pelo menos sete dias. |A previsão é que o terreno onde funciona o aterro sanitário só deverá voltará às condições normais de funcionamento em cerca de um mês.

SP produz cada vez mais detritos

Apesar do apelo das campanhas para a reciclagem, a produção de lixo pelos moradores de São Paulo cresce mais e mais a cada ano. A pesquisa anual da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), que será divulgada oficialmente hoje, mostra que a geração de resíduos por habitante do Estado aumentou cerca de 9% de 2009 para 2010. Em igual período, estimativas utilizadas no estudo indicam que a população paulista cresceu em 1%. O número "preocupa'', pois se a proporção se mantiver nos próximos anos, não haverá infraestrutura para acondicionar todos esses dejetos. Cada habitante do Estado gerou 1,265 kg de lixo por dia em 2009. Em 2010 foi 1,382 kg de lixo por dia por morador. O lixo clandestino não entrou nessa contabilidade.

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