Monday, June 20, 2011

ISO 31.000 - Gestão de Riscos

Introdução, Escopo e Princípios

A Norma ISO 31.000, em um primeiro momento, não é utilizada para fins de certificação, tendo sido elaborada para atender todos os tipos de organizações, com a finalidade principal de assegurar uma gestão eficaz dos riscos pertinentes às suas atividades. A norma fornece princípios e diretrizes genéricas para a gestão de risco, de forma não especifica, podendo ser aplicada em todos os setores, de forma a auxiliar na tomada de decisão do gestor, devendo estar incluída em todos os processos, envolvendo todos os colaboradores da organização.

Como princípios básicos, a norma prevê a criação de valor à organização, devendo ser incluída em todos os processos organizacionais, inclusive na tomada de decisões, levando em consideração aspectos humanos e culturais, sendo transparente, dinâmica, iterativa e capaz de reagir à mudanças, proporcionando a melhoria contínua da organização.

Estrutura de Gestão de Riscos

Para que se obtenha maior eficácia, a estrutura de gestão de risco precisa estar contemplada no sistema de gestão global da organização, devendo esta mostrar comprometimento com todo o processo, a partir da definição e aprovação da política de gestão de risco, sua adequação à política da organização e a destinação dos recursos financeiros, materiais e de pessoal para a sua manutenção.

Antes da concepção da estrutura de gestão de riscos devem ser observados os contextos em que a organização está inserida, levando em consideração aspectos culturais, sociais, políticos, legais e financeiros, além dos aspectos internos, para só então iniciar a construção da política de gestão re riscos, abordando as justificativas, os objetivos, as responsabilidades pertinentes à sua implantação, além da definição dos mecanismos de avaliação, de responsabilização, de comunicação interno e externo, promovendo a integração da gestão de riscos em todo o processo organizacional.

Uma vez concebida a estrutura, inicia-se a implementação da gestão de risco, a partir de uma estratégia previamente definida, observando o momento adequado para sua implantação e obedecendo os requisitos legais aplicáveis. Além disso, devem ser previstos programas específicos de informação, treinamento e monitoramento periódicos, com vistas à busca contínua por melhorias no sistema de gestão de riscos.

Processo de Gestão de Riscos

O processo de gestão de risco deve ser parte integrante da gestão organizacional, sendo incorporado em todas as práticas, devendo incluir uma série de fatores:

a) Comunicação e consulta:

Deve ocorrer desde a fase de implantação, a partir de consultas a todas as partes interessadas, abordando questões relacionadas aos riscos, suas causas e conseqüências e as medidas preventivas. É importante para que todos os envolvidos conheçam os fundamentos sobre os quais as decisões são tomadas.

b) Estabelecimento do contexto:

É o processo de definir os parâmetros internos e externos na gestão do risco e os critérios para a sua avaliação. O contexto deve incluir ambos os parâmetros internos e externos relevantes a empresa.

Para estabelecer o contexto do processo de gestão de risco se fez necessário definir os objetivos das atividades organizacionais e onde o processo será implementado, entre outras providencias é fundamental saber que a gestão de risco irá variar de acordo com as necessidades da empresa e que deve-se definir as responsabilidades para a gestão do risco.

c) Processo de Avaliação de Risco:

A organização deve identificar o risco, bem como as suas possíveis fontes e áreas de impacto, considerando as possíveis causas e cenários que mostrem as possíveis conseqüências

A analise de risco é o processo de entender os riscos e estabelecer os mais apropriados meios de gerir o risco. Este processo envolve descobrir as causas e fontes do risco, seus impactos positivos e negativos bem como a interdependência de diferentes riscos.

Avaliação de risco está associada à tomada de decisões, comparando os niveis de risco encontrados durante o processo de gerenciamento, considerando a tolerância ao risco e os possíveis benefícios que a empresa obterá gerindo o risco.

d) Tratamento do Risco:

Para tratarmos os riscos deve-se primeiramente escolher diferentes opções ao risco, é fundamental entender que o tratamento de risco é um processo cíclico que deve avaliar o se risco residual da atividade é tolerável, decidindo continuar uma atividade que gere um aumento no nível de risco ou a sua remoção, observando a relação custo beneficio da ação.

Ao preparar e implementar planos para gestão e tratamento do risco é necessário documentar a escolha de quais opções de tratamento serão implementadas, devendo incluir os benefícios esperados, relatórios de monitoramento entre outras coisas.

e) Monitoramento e Análise Crítica:

É fundamental que seja feita uma constante revisão e monitoramento do plano de gestão do risco, que deve envolver o aprendizado com eventos recentes, a adequação às novas tecnologias e parâmetros, além dos riscos emergenciais.

f) Registros do Processo de Gestão de Riscos:

Todo processo deve ser rastreável, incluindo os benefícios da reutilização das informações, criando uma base de dados para futuros planos.

(Tradução e Resumo: Hugo de Brito, Vinícius Medeiros e Will de Moura).

Wednesday, June 8, 2011

Desastres naturais deslocaram 42 milhões em 2010, diz estudo

O número é creditado ao impacto de megadesastres como as inundações na China e no Paquistão e os terremotos no Chile e Haiti

Cerca de 42 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas por conta de desastres naturais no mundo em 2010, mais do que o dobro do número registrado no ano anterior, disseram experts do Centro Internacional de Monitoramento do Deslocamento.

Uma razão para o aumento da diáspora podem ser as mudanças climáticas e a comunidade internacional deveria estar fazendo mais para contê-las, disseram os especialistas. Segundo a instituição, a diferença entre os 42 milhões deslocamentos em 2010 e os 17 milhões registrados em 2009 pode ser creditada ao impacto de megadesastres como as inundações na China e no Paquistão e os terremotos no Chile e Haiti.

Reportagem da Associated Press.


O estudo diz que mais de 90% dos deslocamentos por desastres foram causados por riscos relacionados ao clima, como inundações e tempestades que foram provavelmente influenciadas pelo aquecimento global, embora não se saiba a extensão dessa influência.

“A intensdidade e a frequência de eventos climáticos extremos está aumentando, e essa tendência deve continuar.Com toda a probabilidade, o número dos afetados e deslocados vai aumentar e as mudanças climáticas induzidas pelo homem vão estar em pleno vigor”, disse Elisabeth Rasmusson, secretária geral do Conselho Norueguês para os Refugiados.

O centro de monitoramento e o conselho de refugiados apresentaram o relatório em uma conferência internacional sobre mudanças climáticas e deslocamento, em Oslo. O número de 2010 supera a população de países como a Argentina e a incidência de desastres naturais este ano, até agora, mostra que o alerta não é vão.

O terremoto seguido de tsunami que ocorreu em março de 2011 no Japão deixou mais de 10 mil mortos, cerca de 17.500 desaparecidos e meio milhão de desabrigados. Nos EUA, tornados ocorreram do Alabama a Massachusetts, enquanto as inundações castigaram a região que vai de Montana a Louisiana. No sudoeste da cidade de Joplin, no Missouri, o pior tornado do país em seis décadas matou 141 pessoas e destruiu mais de 8 mil casas. A cidade tem 50 mil habitantes.

Segundo o estudo, a Ásia foi a região mais atingida por eventos extremos no ano passado, Na China e no Paquistão, enchentes levaram respectivamente 15 e 11 milhões de pessoas a deixarem suas casas.

“Há cada vez mais evidências que sugerem que as catástrofes naturais estão aumentando em freqüência e intensidade e que isso está ligado ao processo de longo prazo das mudanças climáticas”, disse Antonio Guterres, Comissário das Nações Unidas para os Refugiados. Ele criticou a comunidade internacional por
falta de vontade política para reduzir o ritmo das mudança climáticas.

Reportagem da Associated Press, publicada no jornal O Estado de São Paulo em 8 de junho de 2011

Tuesday, June 7, 2011

Chuvas e inundação Roraima 2011

Inundações põem Roraima em situação de calamidade pública

Em Boa Vista, 415 pessoas foram obrigadas a sair de casa. Uma pessoa está desaparecida e 36 mil alunos estão sem aulas.

A chuva forte dos últimos dias deixou comunidades e municípios isolados em Roraima.

Em Boa Vista, 415 pessoas foram obrigadas a sair de casa. A estimativa da Defesa Civil é de que pelo menos 30% dos moradores do interior tenham sido atingidos pela enchente. Uma pessoa está desaparecida e 36 mil alunos estão sem aulas.

O Rio Branco nunca subiu tanto: está 10,08 metros centímetros acima do nível normal. É a maior enchente da história de Roraima o governo local decretou situação de calamidade pública.

A BR-174, que liga Roraima ao Amazonas, está interditada. A água invadiu a pista e impede a passagem dos veículos. A venda de passagens de ônibus para o trecho entre os dois estados foi suspensa.

A Defesa Civil em Roraima solicitou a ajuda da Força Nacional de Segurança.

First it shaked then it erupted

Parts of southern Chile remained on red alert and schools in some areas of neighboring Argentina were closed Monday after a volcanic eruption coated the countryside with ashes, authorities said.

Smoke and ash shot more than six miles into the the sky when the Puyehue-Cordon Caulle volcano complex in southern Chile first erupted Saturday afternoon. Authorities evacuated about 3,500 people from the area, the state emergency office said.

“I ask all the population (in designated areas) to evacuate as soon as possible, because … human life could be at risk,” said Juan Andres Varas, regional governor of Los Rios, Chile.

In a statement posted on the Los Rios government’s website Monday, he said volcanic material and potentially toxic gases were slowly advancing toward the nearby Nilahue Valley.

“Fortunately, the valley doesn’t drop abruptly, so we have time to evacuate,” he said.

Schools in some cities and rural areas in neighboring Argentina were closed Monday, even as the volcanic activity appeared to have diminished, the state-run Telam news agency said.

Eastward wind gusts have left a layer of ashes up to 30 centimeters (12 inches) on an Argentinian highway, Telam reported. Ashes had reached the country’s Atlantic coast by early Sunday.

By Monday, several centimeters of ashes were beginning to accumulate in areas further north, and authorities told Telam the volcano’s impact was difficult to predict.

“We still don’t know, because it depends on the wind how it will continue. … The recommendation to the population is that they stay inside,” said Eduardo Munos, municipal civil defense director in Junin de los Andes, Argentina.

Chile is located on the so-called “Ring of Fire,” an arc of volcanoes and fault lines circling the Pacific Basin that is prone to frequent earthquakes and volcanic eruptions.

Eruption and Earthquake

THE GIST
  • The 8.8-magnitude earthquake in Chile in Feb. 2010, didn't relieve seismic stress.
  • A new study finds that the risk of a major quake remains high in the region.
  • The 2010 quake did not move ground where stress has been building the longest.
Chile quake

People walk by a destroyed road in Santiago, Chile after an earthquake of 8.8 on the Richter scale that hit the country early Feb. 27, 2010. Click to enlarge this image.
Ian Salas/epa/Corbis

The magnitude-8.8 earthquake that pummeled Chile in February 2010 did not relieve seismic stress the way scientists thought it might have, a new study suggests.

Quake risk thus remains high in the region, geologist Stefano Lorito of Italy's National Institute of Geophysics and Volcanology in Rome and his colleagues report online Jan. 30 in Nature Geoscience. In places, risk might even be higher than it was before last year's quake.

The geologic stress remains because instead of the ground moving the most where stress had been building the longest, the team reports, the greatest slip occurred where a different quake had already relieved stress just eight decades earlier.

Scientists would like to be able to point at a fault segment that built up stress the longest and say it was primed to go next. But the new work shows that stress buildup does not automatically translate to an earthquake happening right in that area, says geophysicist Ross Stein of the U.S. Geological Survey in Menlo Park, Calif., who was not involved in the research. "It's a very logical approach," Stein says. "But I don't think it holds up."

Geologists weren't surprised when the quake happened. Off the western coast of South America, the Nazca plate of Earth's crust dives beneath the South American plate, pushing up the Andes and building up stress that gets relieved occasionally in powerful earthquakes. The biggest quake ever recorded, a magnitude-9.5 whopper, occurred along the Chilean coast in 1960. Some 300 kilometers north of that, a magnitude-8.0 quake struck in 1928.

Between those two ruptures -- 1960 in the south, and 1928 in the north -- lay a stretch that apparently hadn't ruptured since 1835, when Charles Darwin visited aboard the H.M.S. Beagle and witnessed a major earthquake. Researchers had thought that this "Darwin gap" would be filled the next time a big quake struck the region.

But it wasn't, says Lorito. His team used data on how the surface moved during the 2010 quake -- from geodetic markers and tsunami observations, among others -- to calculate which parts slipped the most.

The scientists found that the greatest slip occurred north of the quake's epicenter, right around where the 1928 quake struck. South of the epicenter lay a secondary zone of slip. But right in the middle, where the Darwin gap lies, was little to no movement. "The Darwin gap is still there," Lorito says.

Other earthquake zones, such as Sumatra in 2007, have experienced big quakes that didn't relieve pent-up geologic stress where scientists thought it was greatest. "It is not strange to see that the rupture is complex, and that some parts can break at one time and some at another time," Lorito says.

The new work fits with several other scenarios that scientists have developed to explain ground movement during the Chile quake. The scenarios, however, differ in their details. For example, researchers from the GFZ German Research Center for Geosciences in Potsdam reported in Nature in September 2010 that some of the quake's slip happened fairly close to the Darwin gap.

The teams reach different conclusions because they use different sets of quake observations and different analytical methods, says Onno Oncken of the Potsdam team. But overall, various groups agree on the broad patterns of how the ground moved -- and where seismic risk remains high.

Along with the Darwin gap, another place to worry about may be a stretch between 37 degrees and 36 degrees south latitude, offshore from the city of Concepción. Lorito's team concludes that stress was transferred there during the 2010 rupture. It could be capable of unleashing another quake of magnitude 7.5 to 8, the researchers write.

The 2010 Chile quake killed more than 500 people by causing both shaking and a tsunami.

Because of the seismic risk, the Chilean coast is one of the most studied regions in the world. For the past decade, Oncken and others have studded the area with seismometers to understand the details of how a diving plate like the Nazca causes quakes. "We now have the unique opportunity to do a detailed comparison from before and after an event," says Oncken. "Whatever you look at, it's fantastic data and new observations emerging at an incredible rate."

Vulcão no Chile

os vulcões estão ativos ns placas do pacífico.
jogando cinzas e mais lavas. Estas fotos são uma demonstração da violenta força das tempestades eletromagnéticas e eletrostáticas destas nuvens de pedra, vapor dágua, calor e cinza.

O complexo vulcânico Puyehue está localizado no sul do Chile e entrou em erupção no fim de semana. Autoridades chilenas decretaram alerta máximo nas regiões próximas ao vulcão e pessoas tiveram que deixar suas casas. Ainda no sábado (4), a nuvem de cinzas também chegou a Bariloche, na Argentina, a 100 km do vulcão.

O Chile possui a segunda maior cadeia vulcânica e de maior atividade no mundo, depois da Indonésia.

Em 2008, outro vulcão do sul do Chile, o Chaitén, entrou em erupção e desencadeou uma nuvem de cinzas que alcançou até mesmo a Patagônia argentina, provocando a retirada de milhares de pessoas das cidades próximas.


Monday, June 6, 2011

GRA - ARA RESENHA BIBLIOGRÁFICA Nº 12 COMUNICAÇÃO E GOVERNANÇA DO RISCO


Artigo
Comunicação e governança do risco: um debate necessário
Por Gabriela Marques Di Giulio
Bernardino Ribeiro de Figueiredo
Lúcia da Costa Ferreira

http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=41&id=495



O presente artigo entende que as questões ambientais a cada dia que passa tornam-se mais complexas, e que os mecanismos atuais de enfrentamento dos riscos estão ultrapassados, sendo certo que as autoridades governamentais deveriam começar a refletir novas metodologias para que sejam realizadas avaliações de riscos mais eficazes, onde propõe a adoção dos processos de comunicação, apresenta o conceito de governança do risco e por fim enumera alguns exemplos internacionais de sucesso.

Ao referir-se aos processos de comunicação propõe que os riscos devem ser entendidos como construções sociais, e assim, como parte da experiência cotidiana, faz-se necessária a implantação do diálogo com as pessoas que efetivamente vivenciam os riscos possibilitando que estas participem dos processos decisórios referentes à gestão de risco. Ressalte-se que este diálogo valorizará o conhecimento empírico destas pessoas, não sendo exclusividade do conhecimento técnico a decisão sobre práticas a serem adotadas, significa a valorização do chamado conhecimento leigo.

Trata-se de uma construção do entendimento de forma conjunta, sem que haja o império das “Verdades Científica”, que por vezes tornam-se absolutas, limitando as possibilidades de trocas de conhecimentos e dificultando a elaboração de um clima de confiança entre os atores sociais envolvidos.

Enfim, a autora informa que dentre os objetivos principais da comunicação do risco encontram-se especialmente a promoção de um diálogo sensível às necessidades da comunidade que vivencia situações de riscos, o estabelecimento de uma relação de confiança entre comunidade, pesquisadores e autoridades e a integração do público no processo de gerenciamento do risco.

Entende ainda que o cumprimento destes objetivos redundariam na abordagem de um outro tema que seria a chamada Governança do Risco, entendida como um rearranjo das relações de poder, dizendo respeito especificamente sobre os processos decisórios que seriam coletivos, com amplo envolvimento dos governos e das pessoas suscetíveis aos riscos. Em que pese as críticas tecidas a utilização deste termo, o mesmo deve ser entendido como expressão do exercício da democracia, onde a população tem respeitado o seu direito ao conhecimento por meio de uma publicidade digna e que respeite o conhecimento empírico, assegurando assim, a participação séria do poder público nas questões referentes aos riscos e demais questões ambientais, assegurando-se por conseqüência a própria manutenção do estado democrático.

Entende ainda os autores que a governança ambiental aliada a comunicação democrática representariam a chance de desenvolver, nas comunidades, capacidades pessoais de análise e argumentação, o exercício de deliberação, a tolerância e a solidariedade.

Citam como exemplos desta participação os seguintes: exercícios de consulta aos cidadãos (consulta pública, debate público e uso de grupos focais para definição de políticas públicas), avaliação participativa de tecnologias (com as conferências de consenso ou de cidadãos, fóruns de discussão e júri de cidadãos), desenvolvimento participativo de tecnologias, investigação participativa, entre outros.

Enfim, entendem que as populações locais são as partes mais competentes ou adequadas para discutirem a gestão do risco ambiental, pois, estas estão diretamente ligadas aos riscos que lhes afligem, sofrem com seus impactos e conseguem sobreviver a eles, estas pessoas reinventam as forma tradicionais de convivência com os ricos ambientais, assim sua capacidade de entender e estudar os riscos é infinitamente superiores a daqueles que se intitulam técnicos ou gestores do conhecimento.

No que tange as experiências internacionais os autores relatam que nos EUA a comunicação do risco ambiental decorre da legislação federal daquela país, especialmente pela chamada Cercla (abreviatura em inglês de Comprehensive Environmental Response, Compensation and Liability Act). Na Europa já existe a aplicação do princípio do poluidor pagador e na França e Alemanha já são exigidas a participação do público antes da tomada de decisões em áreas que possuam incerteza.

No Brasil apesar de vasta legislação ambiental esta em diversas ocasiões não é aplicada. No que tange a áreas contaminadas o país não possui legislação específica recorrendo a normas legais correlatas, em especial aquelas editadas pelo Ministério da Saúde.