Wednesday, May 11, 2011

Resumo Acidente Nuclear de Fukushima I - Japão


No dia 11 de março de 2011 ocorreu um sismo que deu origem a um tsunami, o qual atingiu a costa nordeste do Japão causando vários danos, dentre eles, uma sequência de falhas no sistema de segurança da usina nuclear de Fukushima I provocando a liberação de combustíveis radioativos.


A usina de Fukushima possui seis reatores, três deles em operação e três em manutenção. Todos os sistemas de segurança da usina eram todos duplicados, porém estes não resistiram à sequência ‘sismo-tsunami’ ocorrida. Toda possibilidade de ativação manual dos sistemas emergenciais se esvaíram pelo fato dos reatores estarem localizados abaixo do nível do mar, portanto o acesso dos operadores e técnicos foi impedido pela água. A falha na ativação dos sistemas emergenciais provocou a interrupção no sistema de resfriamento dos reatores o que provocou o aumento da temperatura interna, pressão interna do núcleo do reator o que criou fissuras neste e o conseqüente vazamento do material radioativo. Como forma de controlar a temperatura interna do reator e evitar danos maiores, foi utilizada água do mar para seu respectivo resfriamento.


A análise de riscos do acidente em questão, feita levando-se em consideração a combinação de eventos ocorridos, bem como as falhas nos sistemas emergenciais, nos levou a classificar o fato como nível 2 (numa escala de 1 à 4), segundo a matriz de risco proposta por Cardoso et al. (2004). O que significa que mesmo tendo se tomado proporções catastróficas em detrimento das conseqüências ambientais e à população japonesa, este acidente ocorreu devido a uma combinação de falhas e acontecimentos com chances remotas de incidência.
Como danos causados pelo acidente, podemos citar alguns:
- Contaminação da água do mar e lençóis freáticos sob a região da usina;
- Contaminação dos alimentos;
- Contaminação da biota e fauna;
- Contaminação da população em proporções ainda não especificadas;
- Falta de energia;
- Danos a saúde humana como: câncer, mutações e abortos;
- Prejuízo financeiro;
- Perda de área agricultável na região; e
- Outros danos que só poderão ser vistos após um determinado tempo ao longo tempo de permanência da radiação no local.

Sendo assim, podemos dizer que além da necessidade de elaboração de um plano de emergência, treinamento e capacitação dos funcionários, o que ocorreu com a usina nuclear de Fukushima I deixa bem claro que devemos sempre ter projetos para casos extremos e planos que visem minorar os danos quando os danos forem inevitáveis, pois quanto maior o perigo que uma atividade oferece maiores devem ser as preocupações e ações de controle de danos.




Alunos: Daniel Zottich, João Pedro Souza, Mayra Freitas e Will de Moura.


Graduação em Engenharia Ambiental - Universidade Católica de Brasília

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