A Região serrana do Rio de Janeiro foi palco de uma das dez maiores catástrofes naturais do mundo no início de 2011, sendo resultado, entre outros fatores, do grande volume de água gerada pela precipitação de chuvas torrenciais na região.
As características naturais da área, incluindo a geologia e o relevo montanhoso, com declividades superiores a 45º, aliadas ao uso desordenado do solo, formaram o conjunto ótimo para ocorrência dos deslizamentos, deixando expostas as populações de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro, o que resultou em 916 mortes, 345 desaparecidos e 35 mil pessoas desabrigadas/desalojadas, além de um prejuízo econômico estimado em R$ 470 milhões e perdas na infra-estrutura urbana.
Os órgãos governamentais, mesmo tendo conhecimento das áreas de risco, não foram capazes de atuar de forma preventiva, e a ausência de um sistema de alerta contribuiu para a consolidação da tragédia de tão grande magnitude.
Com o intuíto de avaliar, de forma simplificada, os riscos de deslizamentos de terra na região serrana do Rio de Janeiro, foi construída uma Matriz de Risco, que leva em consideração as condições físicas, de infra-estrutura e sócio-econômicas, freqüência de eventos anteriores, número de mortos, número de desabrigados e prejuízo financeiro, apresentando como resultados uma alta probabilidade de ocorrência de um evento semelhante (56%), classificando-o como severo e sugerindo ações imediatas na localidade.
Diego Abreu, Hugo de Brito, Rafael Fragoso e Vinícius Medeiros.
No comments:
Post a Comment