A história do país é triste e muito turbulenta, mergulhada em ondas de violência, golpes militares e repreensão. Como se não bastasse enfrenta a décadas problemas socioeconômicos, onde sua população na maioria sofre com desnutrição e mais da metade sobrevive com menos de 1 dólar por dia. Estima-se que 80% da população viva abaixo da linha da pobreza.
O Haiti fica sobre a placa Caribenha que se estende do sul da República Dominicana até a Jamaica. Foram registrados tremores em 1751 na Ilha Hispaniola (República Dominicana) e em 1907 em Kingston, capital da Jamaica.
No dia 12 de janeiro, a Agência de Pesquisas Geológicas dos Estados Unidos -USGS publicou boletim com as estimativas de população exposta a cada nível de estrago causado pelo terremoto no Haiti. Segundo este boletim, o país foi exposto ao nível 10, significando que a maioria das construções é destruída até suas fundações, ocorrem danos sérios a barragens e diques e acontecem grandes escorregamentos de terra.
Países como o Japão e os Estados Unidos, que convivem com a presença de terremotos importantes, têm tradição de possuir um sistema de monitoramento, de emissão de alertas e de engenharia evoluídos. São realizadas simulações de evacuação de prédios com a população, ensinado-a como se portar no momento do abalo e treinamentos de primeiros socorros. Esses países precisam proteger sua população e garantir a segurança das suas construções para que não colapsem quando submetidos a abalos sísmicos. As técnicas usadas para erguer prédios resistentes a terremotos não são tão complexas quanto se pode pensar. Paredes bem elaboradas e reforçadas utilizando técnicas da mais alta tecnologia, no lugar certo, podem fazer a diferença entre algumas rachaduras e o colapso completo da estrutura. O Haiti é uma região onde mais terremotos podem ocorrer, isto já está comprovado pela ciência. Tais medidas se fossem adotadas no Haiti poderiam ter minimizados os danos decorrentes do terremoto, evitando a morte de milhares de pessoas. No entanto, não há uma política construtiva neste sentido, onde certamente as prioridades são outras em meio a tanta pobreza. O contexto sócio-econômico do país, devido à sua limitação de recursos, dificulta o investimento em medidas de proteção frente ao risco imposto por terremotos.
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