O vazamento de óleo na baía de Guanabara aconteceu na madrugada do dia 18 de janeiro de 2000, em virtude de um problema originado em uma das tubulações da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), foram lançados, algo em torno de 1,3 milhões de litros de óleo cru na Baía de Guanabara.
A mancha de óleo se estendeu por uma faixa superior a 50 quilômetros quadrados, atingindo o manguezal da área de proteção ambiental (APA) de Guapimirim, praias banhadas pela Baía de Guanabara, inúmeras espécies da fauna e flora, além de provocar graves prejuízos de ordem social e econômica a população local.
As comunidades que tiravam seu sustento de atividades ligadas, direta ou indiretamente, aos recursos hídricos da Baía de Guanabara, tais como, a pesca e o turismo, foram muito prejudicadas, quer pela contaminação dos peixes e crustáceos, quer pela inviabilização do turismo pela poluição do ambiente.
O presidente da Petrobrás, o Sr. Henri Phillipe Reichstul, admitiu a existência de falha no projeto de instalação do oleoduto PE-2, fato este, responsável pelo acidente com o óleo, que provocou toda espécie de prejuízos, tais como; a contaminação do espelho d´água da Baía de Guanabara, com reflexos na fauna nectônica e plantônica; a contaminação das areias, costões rochosos, muros de contenção, pedras, lajes e muretas das Ilhas do Governador e de Paquetá; danos à vegetação de mangue existente no entorno da Ilha do Governador; danos a avifauna; danos à comunidade bentônica em função da sedimentação do óleo no fundo da Baía; prejuízo às atividades pesqueiras; drástica redução das atividades turísticas da Ilha de Paquetá; entre outros.
Responsável pela refinaria Duque de Caxias (Reduc), a Petrobrás foi multada em R$94 mil. Metade do valor aplicado pela Feema e o restante pelo Instituto Estadual de Florestas. O valor da multa do Ibama , por sua vez, alcançou R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões de reais). A Petrobrás, entretanto, foi beneficiada com um desconto de cerca de 30%, pelo pagamento antecipado da multa.
Os cerca de 600 pescadores que moram na região receberão da Petrobras apenas o reembolso do prejuízo material (com barcos, redes e equipamentos). O lucro cessante, equivalente ao dinheiro que deixarão de receber por terem de ficar 60 dias sem trabalhar, não vai ser ressarcido pela empresa. A Petrobras vai deslocar 300 homens para a retirada do óleo. Os trabalhos devem durar 30 dias. Serão utilizados equipamentos como lanchas, rodos, travesseiros absorventes, etc.
A Petrobras criou desde o acidente nove centros de defesa ambiental em todo o país, sendo o primeiro na baía de Guanabara e o segundo em Macaé (RJ), base da principal região produtora de petróleo do país (bacia de Campos). Entre os projetos que serão desenvolvidos, segundo Reichstul, está a instalação de sensores que irão monitorar permanentemente o volume de óleo existente nas águas da baía. Isso, segundo ele, permitirá maior rapidez para detectar vazamentos que venham a ocorrer.
Grupo: Fernanda Lorrane, Aline, Guilherme e Cleonice
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