Monday, August 24, 2009

Incêndio na Chapada Diamantina




A Chapada Diamantina está localizada na região central da Bahia. Ela
envolve 6 municípios: Palmeiras, Lençóis, Andaraí, Itaeté, Ibicoara e Mucugê. Foi
criada em 1985, com aproximadamente 152 mil hectares. A sede, hoje, está
localizada no Município de Palmeiras, num prédio da COELBA.
O Parque Nacional é responsável pela conservação de muitas nascentes que abastecem o Estado da Bahia. A formação vegetal principal é de 20% de Mata Atlântica e de 80% de Cerrado. Desses 80%, temos uma área de brejo, uma área de alagado. O relevo é bastante acidentado. O fogo faz parte da história do parque, da história da região da Chapada Diamantina. Sempre existiu fogo na região. Ele não é um acidente. Todos nós sabemos quando a temporada de incêndio começa e termina.
No dia 3 de outubro de 2008, foram avistados os primeiros focos de incêndio da temporada dentro do parque nacional, com 152 mil hectares de campos rupestres, Mata Atlântica e Cerrado.
No decorrer do tempo, sem que as medidas necessárias fossem tomadas, as chamas ganharam força. Resultado: cerca de metade da área ocupada pela unidade de conservação virou cinza. Trata-se da maior tragédia ambiental de sua história.Todo o impacto poderia ter sido minimizado. Mas a divisão do Ibama e a criação do Instituto Chico Mendes deixaram todas as unidades de conservação federais, diz Cézar Gonçalves, analista ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina.
Não houve culpados conhecidos pelos incêndios, porém, é quase certo que foram causados pelo Homem. Algumas pessoas fazem as queimadas como um protesto contra a política de preservação imposta pelo Ibama, enquanto outras são piromaníacas. O fogo também é usado em diversas ocasiões dentro do parque: seja para formação de pasto, colher sempre-vivas ou para a caça, já que a natureza se recompõe após o incêndio e atrai animais durante a regeneração. Aliás, este é um dos principais problemas vistos por Gonçalves na época, as chamas foram tão intensas que poderia demorar muito para a floresta retomar seu crescimento. Por isso, muitas espécies da fauna poderiam morrer de fome.Toda a área do parque ao sul de Mucugê foi destruída. Isso significa que algumas espécies da flora endêmicas destes campos rupestres (com pedras) foram extintas. As aves, que estavam se nidificando, devem ter perdido suas crias, afirmou o analista ambiental.
A situação foi tão grave, que 20 municípios ao redor da Unidade de Conservação decretaram estado de emergência na época, sendo que em Mucugê as chamas chegaram até invadir o quintal de algumas residências. Responsáveis pela administração do parque acusaram Ibama e o Instituto Chico Mendes de negligência e ineficiência. Cerca de 100 famílias moram dentro do parque e foram afetadas, sem contar as circunvizinhanças que receberam impactos indiretos.
A preocupação dos empresários na cidade é, principalmente, relacionada com a alta estação - que tem início em um mês. Nas agências de turismo receptivo, que realizam excursões pelo parque, a queda na procura por passeios já chega a 70%. "Tem gente que nem aparece nos passeios reservados ao ficar sabendo da situação", diz o empresário João Robalo Neto. "Cancelamos alguns roteiros, mas ainda há alguns trechos preservados e passeios sendo realizados.
Segue abaixo uma reportagem sobre o incêndio de Diamantina.

Incêndio Florestal

O que é?

É a propagação do fogo, em áreas florestais e de savana (cerrados e caatingas), normalmente ocorre com freqüência e intensidade nos períodos de estiagem e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental.Os incêndios podem iniciar-se de forma espontânea ou ser conseqüência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle.Os incêndios florestais podem ser causados por:causas naturais, como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente e outras causas;imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos;fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras maquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha;perda de controle de queimadas, realizadas para “limpeza” de compôs;incendiários e/ou piromaníacos. DanosOs incêndios florestais causam danos materiais, ambientais e humanos.Os danos materiais são:destruição das árvores em fase de crescimento ou em fase de utilização comercial, reduzindo a produção de madeira, celulose, essências florestais e outros insumos;redução da fertilidade do solo, como conseqüência da destruição da matéria orgânica reciclável obrigando a um maior consumo de fertilizantes;redução da resistência das árvores ao ataque de pragas, obrigando a um maior consumo de praguicidas.
Os danos ambientais são:redução da biodiversidade;alterações drásticas dos biótopos, reduzindo as possibilidades de desenvolvimento equilibrado da fauna silvestre;facilitação dos processos erosivos;redução da proteção dos olhos d’água e nascentes.
Os danos humanos são:perdas humanas e traumatismos provocados pelo fogo ou por contusões;desabrigados e desalojados;redução das oportunidades de trabalho relacionada com o manejo florestal.

COMBATE Á INCÊNDIOS
Nem sempre as técnicas preventivas são suficientes para se evitar que surjam os incêndios florestais. Nenhum plano de controle de incêndio pode funcionar sem um adequado sistema de deteção e localização.
MEDIDAS DE SEGURANÇA APÓS O COMBATE
As principais medidas de segurança a serem adotadas após o combate ao incêndio florestal, são:
procurar e apagar possíveis "incêndios de manchas", causados por fagulhas;
ampliar o aceiro em torno da área, para melhor isolamento;
derrubar as árvores ou arbustos que estejam queimando;
eliminar todos os resíduos de fogo dentro da área queimada; e
manter patrulhamento, com número suficiente de pessoas, até que não haja perigo de reativação do fogo. Voltar no dia seguinte, para nova vereificação.
Grupo: Andréia, Cristiane, Bruna, Débora, Martoncheles.

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